01 maio, 2010

O auto-didata

O mundo não leva muito a sério o autodidata. Ignora, pois sente a necessidade do endosso e das insígnias prateadas dos anos em que se passa dentro de uma instituição.

Em meio à sociedade tecnocrata, utilitarista e pragmática, o véu do diploma, a necessidade da formação especializada, documentada, da dependência de tutores e instituições que possam anexar uma formação no currículo se faz quase uma obrigatoriedade.

Muitos não levam a sério aquele que se lança na empreita de adquirir o conhecimento de forma autodidata. O autodidata não adquire o conhecimento sozinho, uma vez que o verdadeiro autodidata trabalha, vivencia, compartilha e também absorve o conhecimento dos seus próximos, a única diferença é que não se apega a uma instituição para endossar aquilo que sabe.

Assim é o sistema; assim é o preconceito das pessoas que acham que é necessário cursar uma faculdade, fazer um curso, pagar para obter o conhecimento. A grande maioria das pessoas até pensam ser impossível aprender por si só, uma vez que elas não conseguiriam; nesse sentido, eu penso que é só tentar e se esforçar.

Não sou contra as instituições e tutores, do sistema educacional, do diploma. Sou contra ao preconceito e a falta de consideração para com aqueles que conseguem aprender por seu próprio esforço. Defendo mudar essa forma de ver o mundo estigmatizada e que as pessoas dessem mais valor e mérito aos autodidatas. Defendo que as pessoas sejam quistas pelo seu conhecimento, não por seus diplomas.

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