25 janeiro, 2010

Inconstante

Caminho por caminhos do ser inconstante

redescobrindo a miséria e andarilho itinerante

Sem demasiadas longas paradas firmo pouco,

em cada lugar de distantes lugares, meus louros


Repentinas convulsões do passado aquém

me lembram de tudo, de todos, de quem

Morava intimamente em cada fibra minha

saiu e sumiu sem querer; assim quis a sina


Não basta o que tenho neste momento agora

já que a dor de desejo insensato me assola

Tirania egoísta me sufoca, ensandesse e ilude

quais ondas de mares agitados, bravios, amiúde


Traga consigo o bálsamo de tua dimensão

respostas certas pra livrar-me deste porão

Único grão sobrado de tão imenso deserto

paixão que me vence, equilibra de certo


[A minha sede é de estar perto]


Flávio Takemoto - 11 / 08 / 2006 - São Paulo